sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Seca

A cascata que corre
Dos meus cristais frontais
Não é de água doce,
Nem potável.
É um líquido Salgado,
Viscoso, revoltado,
Pois tem consciência 
Que a sua falta
É causa de misérias, 
Mas também sabe que o pouco
Que escorre não alivia,
Nem ajuda os flagelados.

Por Elita de Abreu (31/10/2001).

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sol e Lua

Enquanto o Sol dormia,
Se preparando para mais um dia,
A Lua, do outro lado, surgia
Manhosa, vagarosa, eu diria até preguiçosa.
O Sol já tinha feito tudo o que podia.
Iluminou, despertou, deu vida.
Orquestrou a sinfonia matutina,
Coloriu as nuvens da colina.
A Lua, em sua vida noturna,
Agia sorrateiramente: Gatuna!
Despertando os amantes,
Consolando os errantes,
Que como Sol e Lua vivem:
Um a procura do outro, 
Apaixonados pelo seu oposto,
E nunca desistem!

Por Elita de Abreu.

domingo, 11 de setembro de 2011

Not a word
Not alone
At night, 
When you go home
I just turn off the light
And come back  to my world.

By Elita de Abreu.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Alergia.

Lili está dodói
Nem consegue mais sorrir,
Tudo dói!
Com a cara toda vermelha,
Que coisa horrorosa!
À rosa rubra se assemelha.
Tem manchinhas por todo o corpo,
Na barriga, nos braços, no pescoço,
Parece até um angu com caroço!
O médico passou um remédio,
Disse que vai sarar,
Mas tem que esperar...Que tédio!
Lili está dodói,
E não vê a hora de poder sair,
Mas enquanto não melhora, assiste a um filme de cawbói!

Por Elita de Abreu.