sábado, 7 de fevereiro de 2015

Com quantas palavras se diz eu te amo?

Nunca me dera um abraço,
Nem mesmo de despedida.
Não vi lágrimas nos olhos 
Nem cara de ressentida.
Não disse vai
Nem disse fica
No dia da mudança,
Nem ali estava Rita.

E eu que dela gostava tanto
A chamava de fada madrinha
Enquanto ela organizava a minha casa
Eu tentava organizar a minha vida
Toda sexta-feira ouvia o seu bom dia
Mesmo que fosse um péssimo dia
E ao fim dodia ela se ia
Mais uma semana, menos uma visita

Eu falava Rita senta na mesa
Não quero comer sozinha
Mas ela se recusava
Tinha que terminar a faxina
Das poucas vezes que me ligou
Nunca disse que estava com saudades
Mas sempre que algo quebrou
Rita e sua honestidade, era uma coisa linda!

Passados alguns anos então
Me pego a perguntar: Como estará a Rita?
E então envio um cartão
Com algumas palavras bonitas
Dizem que sua reação foi: Ela ainda se lembra de mim!
Outros a viram chorar escondida
Ela nunca o respondeu
Essa é a minha Rita querida.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Sobre a incoerência dos argumentos

Até onde eu saiba, de acordo com a nossa lei roubar é crime e ponto final.
Até onde eu saiba também, não há nenhum artigo, parágrafo ou emenda que diga que roubar é menos crime, ou deixa de sê-lo, por que outros roubavam/roubam/roubarão também.
Aliás, até onde eu sei, a reincidência em um mesmo crime, no caso estamos falando de roubo, torna-o mais grave.
Portanto, concluo assim que o argumento, quando da acusação de corrupção flagrada recentemente na Petrobras onde o PT, PMDB e PP estavam roubando 3% em projetos de licitação, de que na época do PSDB eram 9%, além de não passar de uma suspeita (sim, porque não foram apresentadas provas como o foram no caso agora do Petrolão) é infundada e sem prerrogativa legal nenhuma.
Na verdade, quando alguém vem com esse argumento o que eu entendo é: se o PSDB roubou, o que repito é só uma suspeita é carece de fatos, o PT assim também o pode fazê-lo, com um atenuante de que agora roubam 3% e não 9%, lembrando que o último é só uma suspeita. E mais, isso me faz interpretar que, de acordo com essa regra sem fundamento nenhum, qualquer um que venha subsequentemente poderá roubar, já que os anteriores assim o fizeram e que o crime de roubo (sim, porque embora os partidários neguem que seja um crime, perante a lei ainda o é) será atenuado caso roube-se menos percentualmente falando.
Ora pois, mas que argumento mais fraco esse!
Veja que não se trata de uma questão partidária e sim de lógica.
E desculpa, mas Robin Hood era ladrão sim!