sábado, 26 de setembro de 2015

Pensamentos soltos numa mente presa - 19

"A paz é uma conquista obtida por meio da resolução de divergências e não uma ausência de conflitos."

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Happy Pills

I was disillusioned
With my  bare feet on the ground
There was no happiness or love
Through the horizon I was looking for
When saw you there
Smiling at me

And I must to confess
I hated you at first time
I couldn't barely listen to your voice
But then you offered me happy pills
The first trial was for free
As it is suppose to be

The feeling was so good
I forgot to remember it was just a pill
I put the reason aside
And asked for another one
And another
And another...

You got me addicted
You fooled on me
You played with the illusion I created
Under the effect of those happy pills
You made me believe that
They were for real

And you kept offering more and more
Even when I didn't ask for
But them you run out of them
And as coward
You've been hiding of me
Since then

I know you can not look into to my eyes
And see the happiness is still there
I know you couldn't stand to realize
I never really needed your happy pills
I know that you know
You are not a man for real!


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Você já parou pra não pensar?

Excelente texto do querido amigo Mauricio Redaelli

Eu queria ser capaz de silenciar todo esse ruído mental, que me distrai e me afasta da minha essência.

Eu gosto de imaginar que eu vivo dentro de uma bolha de sabão bastante reflexiva, mas que deixa passar alguma luz de fora. Quando eu olho em qualquer direção, eu vejo uma imagem misturada do mundo com o meu reflexo – e ele raramente tem a minha forma original. São projeções distorcidas pelo ego e pelas expectativas, sempre capazes de me iludir, sempre flertando com a minha eterna vontade de ser iludido. E tudo o que constitui essa sofisticada casca esférica é o meu pensamento.

Essa bolha me isola do mundo, porque eu não o sinto inteiro através de um filtro tão complexo. Essa bolha me isola de você, porque você também vive na sua sofisticada casa redonda.

Seguindo essa ideia maluca de como funciona o nosso pensamento, é simples concluir que todos nós estamos isolados uns dos outros. O que eu vejo de você é uma projeção de si na sua própria bolha, cuja imagem distante chega fraca e sem foco na minha bolha. Essa imagem somente será percebida por mim depois de ser filtrada e convoluída com tudo o que eu projeto na minha própria tela esférica de sabão e ilusões. Pra mim você praticamente não existe como essência, como ser único e pleno, embora eu goste de pensar que sim. E eu realmente gosto, não pense que é só da boca pra fora. Mas é essa vontade de tornar você real e próximo e inteiro que me afasta de quem você realmente é.

E eu? Bom, eu também praticamente não existo como essência enquanto estiver viciado em pensar.

Todo esse ruído mental me desconecta de mim mesmo, exceto quando paro de pensar – mas parece impossível controlar essa chave de liga e desliga. Felizmente, ela pode ser acionada automaticamente, como quando praticamos esportes absurdamente radicais, quando estamos no ápice do prazer sexual ou quando usamos certas drogas. E certamente há outros momentos inimagináveis em que paramos de pensar e nos sentimos incrivelmente bem – momentos extrememanete viciantes. Mas há meios mais sutis de conquistar toda essa paz mental, como a meditação. E há uma construção de hábitos mentais que nos acalmam a um ponto quase tão prazeroso quando o silêncio, e que nos colocam de frente para a vida cheios de energia, despidos de medos e culpas, com aquela aceitação gostosa de que só existe o presente – e não há nada melhor do que viver inteiro no presente.

Pensamentos soltos num mente presa - 18

"...é essa mania de ser represa o que nos leva à inundação de todo o resto." - Mauricio Redaelli.

The Road Not Taken

Robert Frost, 1874 - 1963

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I--
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.