domingo, 22 de dezembro de 2013

Frase da Noite XXXX

"Que o seu HOHOHO seja repleto de HAHAHA"
(Adorei! rs...)

Balanço de 2013

Foi um ano difícil. Eu já o sabia que seria.
Sabe quando vc recebe uma herança de um parente que vc nem sabia que tinha, e acha que aquilo vai mudar a sua vida?
Pois é, esse foi 2012. E como todo mundo que recebe uma herança achei que a minha vida ia mudar para melhor, mas não foi bem assim.
Quando cheguei para recebê-la era uma terreno enorme, largados às moscas. Pedregoso, cheio de ervas daninhas, espinheiros e animais peçonhentos.
Cheguei a desistir por alguns segundos, por muitas vezes repetidas ao longo do ano. Me senti incapaz, frustrada, fracassada e muito, muito cansada.
Comecei 2012 arrancando as ervas daninhas da minha vida uma a uma com as mãos. Mas o terreno era tão grande, e havia tantas que dava desanimo. Cada vez que enchia um balde delas, olhava ao redor e não tinha limpado nem um metro quadrado. Fora os animais peçonhentos que ficavam na moita preparando o bote e vira e mexe me atacavam.
Estive por um fio.
Mas graças a Deus, de vez em quando aparecia um amigo para ajudar, dar apoio, as vezes encontrava um andarilho, de passagem, disposto a trabalhar por um prato de comida, e milagrosamente, de vez em quando achava preciosidades, flores exóticas, passarinhos afáveis, e coloridos pôr-do-sol.
Esse foi 2012. O ano de limpar o terreno, conhecer as pessoas e a mim mesma e decidir o que queria da vida.
E ele me jogou para 2013 com uma tarefa: já que eu tinha decidido a ficar com a herança, tinha que dar um jeito nela, de fazê-la produtiva.
E assim foi 2013, ano de remexer a terra, revirar tudo!
Ano de dar um basta em tudo o que não me fazia bem, de tirar da vida as pessoas que não me queriam bem, de abandonar projetos sem futuro, abrir mão de coisas já conquistadas, e suor, muito suor.
Foi um ano de agir e planejar como jogador de xadrez e batalhar como um gladiador.
Arrisquei o emprego, arrisquei o casamento, arrisquei as amizades, arrisquei o meu conhecimento. Coloquei tudo a prova.
Sim, eu estava revirando a terra, e quando se revira algo, tudo o mais fica virado.
E senti medo, muito medo e muita coragem. Coragem para buscar um sonho, coragem para enfrentar o desconhecido.
Lembro que no momento em que decidi a largar o emprego para vir atrás do meu sonho um amigo me perguntou: Você não acha que está sendo muito radical? Largar assim um emprego bom?
Respondi: Eu não estou feliz aqui. Você não acha que é muito mais radical ter que ficar neste emprego pra sempre?
Rimos...
E no meio do ano eu me mudava de país, desempregada, casada no papel, deixava para trás a família, os amigos e voltava a ser uma simples estudante, uma desconhecida, mais uma desapercebida.
Mas eu estava feliz, insegura, mas feliz!
Fase de adaptação, novos amigos, novas decepções, novos sonhos, promessas, tudo novo...Só uma coisa ainda era velha, a vontade de ser vencedor.
E esse foi 2013! a terra foi arada.
O que eu espero para 2014?
Não, enganou-se se acha que eu espero colher frutos.
2014 também será um ano de muito trabalho.
Espero que em 2014 eu corrija o solo e o adube deixando-o adequado para começar a semear.
Vai ser um ano de observar. Observar o clima, a chuva, a direção do sol, do vento. De estudar o meio ambiente e entendê-lo, para depois, e só depois, poder escolher o melhor tipo de semente a se plantar, qual a época do ano para tal, o quanto se deve irrigar, todos esses detalhes, etc e tal.
Desejo que em 2014 a poeira do solo revolvido possa se assentar, pois agora sigo uma nova vida, com um looongo caminho a trilhar.
Feliz Ano Novo!
Ah, o balanço do ano? Foi positivo! Ele é sempre positivo para os sonhadores...

Ano Novo

Mais um ano se vai
E esperamos mudanças
Fazemos promessas
Simpatias
Orações
E desejamos um mundo melhor

Um mundo melhor pra quem?
Sobra Utopia
E Bom Senso
Sobra Fé
E Esperança
Falta Realidade!

A vida não muda de uma hora pra outra
Grandes mudanças levam tempo
Precisam ser cultivadas
Preparadas estratégicamente
Precisa aparar os detalhes,
Mesmo os mínimos.

E mudanças doem
Doem por que você sempre tem que deixar para trás
Porque você tem que assumir os seus erros
E corrigi-los
Porque você tem que encarar o desconhecido
E quem não teme o desconhecido?

Para ser melhor
Antes temos que nos aceitar pior
Para ter um mundo melhor
Temos que nos implicar nele
Porque temos que parar de querer que o outro mude
Quando somos nós que não estamos bem consigo mesmo.

A vida não pode ser discretizada em anos
A vida é um processo continuo
O Ano Novo será bom
Se no ano que se passou você investiu para isso
Não se pode esperar um grande colheita
Sem sequer ter plantado uma única árvore.

Imprevistos à parte,
E o homem que realmente se prepara
Sempre está prevenido para este,
Desejo a todos que no ano que se segue
Possam colher os frutos que plantaram
E para os que não plantaram, que arem a terra ao menos.

Por Elita de Abreu.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O silêncio

Calado
Reprimido
O choro contido
A angústia engolida

Psiu...
Não fale nada
Não queremos nos machucar
E em silêncio
Fecha-se a porta
O não dito fica no ar

Expressar-se é um dom
Palavras não traduzem sentimentos
Mas o silêncio
E só ele,
calado,
Na faísca de um olhar
Num gesto deflagrado
Traz à tona o indizível.

Palavras podem ser tímidas
E muitas vezes escancaradas
Um tanto quanto exageradas
Palavras,
Palavras,
Palavras...

O silêncio é reto
Febril
Incomodo
Indômito
Uma lâmina afiada
Pois toda vez  que a alma cala
Prepara um punhalada.

Por Elita de Abreu, 12/12/2013.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Mais um temperinho...

Ouvi isso hoje, do mesmo brazuca do episódio machista anterior...

Conversando com um grupo de colegas após a prova (todos homens e eu a única mulher) sobre a chatisse de se passar roupa, e como cada um lidava com isso, o brazuca solta:

BR:  Eu não passo as minhas roupas não!
EUA:  Nem camisa? Camisa não tem jeito, tem que passar.
BR: Ah mas eu não passo não, por isso que eu quero acsar logo, pra ter minhas roupas todas passadas!
Eu: Pô então vc não quer uma mulher, vc quer uma empregada né?
(Todos - BR): Verdade, porque vc não arranja uma empregada?!
Eu: É, se vc fizer as contas é capaz de sair mais barato que ter uma mulher! (essa foi pra provocar, pq o cara é meio mão de vaca!) Além de ser mais fácil né?!

Novamente, apenas uma brincadeira? Ou mais um chiste?
Sábio Freud...
Esse tem atestado de machista tatuado no caráter. Azar da empregada, quer dizer, escrava, quer dizer da mulher dele tsc tsc tsc...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Para apimentar a discussão...

Meses atrás, um colega de classe, brasileiro, faço questão de identificar a nacionalidade, por que eu acho sim os brasileiros mais machistas, pelo menos por enquanto, e também os acho mais hipócritas quanto ao machismo e qualquer outro tipo de preconceito!; mas voltando... Um colega de classe perguntou se poderia estudar comigo fim de semana, pois ele estava com algumas dúvidas na matéria e achava que eu poderia ajudar.
Sem problemas eu lhe dei o endereço de casa, para que ele pudesse ir lá quando quisesse.
Chegando em casa, ele me pediu um copo d'água. Como eu tinha acabado de almoçar, toda a louça estava na lavadora (sim não é muita não, só o estritamente necessário). Sem graça por que eu não tinha um copo sobrando, eu expliquei a ele a situação e perguntei se ele aceitava água na xícara.
Mas a resposta não foi nada agradável...
O babaca simplesmente disse: Como assim não tem copo limpo, nessa casa não tem mulher não?!
O que a gente responde pra um babaca desses? (que por acaso está na sua casa te pedindo um favor)
Sério, eu fiquei com muita vontade de responder: Mulher tem o que não tem é empregada, mas se vc quiser se candidatar à vaga, acho que vc serve pra este emprego!
Mas...como não tava afim de confusão, me calei e apenas disse: Vai querer a água na xícara ou vai preferir descer e comprar a sua própria água? O copo limpo vai demorar...
Funcionou, o babaca ficou bem sem graça, mas não deixou de ser babaca, infelizmente!
Pra finalizar todas as dúvidas que ele tinha eu disse que não sabia (independente de ser verdade ou não) e ele saiu daqui, do jeito que entrou, sem resolver o problema dele!
Na verdade ele saiu pior do que entrou, pois além de ter perdido o tempo dele, perdeu uma amiga, perdeu a oportunidade de ficar calado, perdeu o respeito e ainda ficou apavorado com a prova, uma vez que mesmo sendo machista, ele supôs que a mulherzinha aqui sabia mais do que ele (claro, pq senão ele não pediria pra estudar comigo neh?!) e nem ela sabia resolver as dúvidas dele.
Só para constar, eu tirei uma nota melhor que a dele.
Mês passado ele veio de novo perguntando se poderia estudar comigo no fim de semana para a próxima prova. Disse que tinha compromisso. Novamente, eu tirei uma nota melhor que a dele.
Pobre desses babacas machistas...São tão tapados que se esquecem que algumas mulheres (gostaria muito que fossem todas!) não toleram o machismo tsc tsc tsc.



Para polemizar e debater...

Não concordo em gênero, número e grau, mas o texto levanta questões importantes sobre o machismo. E se até a ONU tem tomado iniciativas para combatê-lo, cabe a mim, mulher e também vítima do machismo, pelo menos debater o assunto. Frisando que machismo é uma forma de preconceito e todo preconceito tem como fundamento a ignorância. Então, vamos debater?
Lulu app: como o machismo atinge todos nós (fonte: Yahoo )
Por Carol Patrocínio | Preliminares – seg, 25 de nov de 2013 06:00 BRST
Todos os dias, de manhã, saio de casa com a mesma pergunta na cabeça: vou conseguir aguentar o mundo lá fora? Todos os dias pessoas que não conheço, que nunca vi na vida, que nunca teria vontade ou interesse de conhecer, falam o que pensam sobre mim sem eu ter a mínima intenção de saber.
Essa é a realidade da mulher. Todos os dias, totalmente cobertas ou de roupas curtas e decotadas, ouvimos a opinião alheia sobre nossos corpos, aparência e atitudes. Opinião de pessoas que nunca, sequer, falaram conosco ou dividiram minutos da nossa vida.
E aí aparece um aplicativo em que mulheres podem fazer isso com os homens (Lulu App). Pronto, todo mundo passa a achar que a objetificação é um problema, que os pobres homens não mereciam isso e que é extremamente perigoso falar sobre coisas que podem machucar os outros sem se preocupar com as consequências.
Calma aí, a gente fala sobre isso diariamente há anos e só agora as pessoas conseguiram notar quão errado é julgar e rotular as pessoas? Só quando você tira os privilégios velados que os homens carregam sem se importar é que objetificar virou pecado? Ou só objetificar homens é errado?
Julgar, objetificar e rotular pessoas por seu comportamento ou atitudes é errado. Ponto final. Não há discussão sobre isso. Mas eu, assim como milhares de pessoas por aí, somos humanos – é, tem uma parte das pessoas que são deuses e não sentem algumas coisas como nós, que ainda não atingimos a perfeição – e nos damos o direito de sentir um pouquinho de prazer quando quem nos machuca é machucado da maneira exata que age.
Talvez o aplicativo seja só mais uma besteira que vai durar uma semana e eu e algumas pessoas cansadas de lutar por um mundo melhor estejamos encontrando esperança onde não tem, mas o que vi nos últimos dias foram homens morrendo de medo que seus segredos caíssem na internet. Muitos desses homens também achavam ok quando fotos de garotas caiam na rede, já que elas eram burras de ter feito as imagens.
Vale lembrar que uma piada, por exemplo, é transgressora e engraçada quando é sobre o opressor. Quando ela é sobre o oprimido é apenas babaquice.
Meu sonho, nesse momento, é que a dor e o medo de ser humilhado publicamente apenas por ser quem você é transforme esses homens. Faça com que, cada vez que eles forem abrir a boca para fazer comentários sobre o corpo de uma desconhecida, algo dentro deles doa e soe como uma atualização do Lulu. “Nossa, eu não queria que fizessem isso comigo”, deve ser o pensamento que cada um deles vai ter.
É errado. Mas sou humana. Acredito que posso melhorar, mas por alguns dias eu quero ter, sim, o prazer de ver os privilégios sendo tirados, de ver a bastilha pegando fogo e de deixar que as pessoas notem, sozinhas, que o mundo não precisa mais desse tipo de relação tão superficial.
A parte triste de tudo isso é ver como as mulheres se sentiram poderosas com tão pouco: um aplicativo em que você faz análises superficiais de homens com quem você convive usando apenas palavras pré-definidas por alguém. Quando isso soa como libertário você não sente que vive totalmente presa em uma liberdade de mentira?
Há males que vem para o bem. E há oportunidades de transformar o sentido das coisas. Esse aplicativo poderia ser base para outro que aponta os caras que forçam a barra para transar, os caras que agridem e que colocam a dignidade da mulher em risco. Que tal deixar o mundo melhor transgredindo a utilidade que se espera das coisas?
Não tenho respostas ou a pretensão de tê-las. Prefiro dividir uma visão com um recorte diferente do que você encontra por aí e incentivar você a pensar, questionar e buscar mais informações para deixar o mundo melhor para todos nós.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Acho que vou chover

Às vezes acho que vou chover
Sinto o tempo abafado
Aquele calor,
O corpo suado,
Cansado,
Tensionado.

Olho pra vida,
E vejo o céu limpo,
Pensamentos livres,
Voando,
Ora só,
Ora em bando.

Mas aquele sentimento de chuva
Permanece na garganta
Não como um nó,
Mas como um desejo
De limpar
Todo aquele pó.

E o tempo vai passando,
Passando,
E as nuvens se aproximando.
De repente fica nublado,
Com direito a trovão
E raio.

A brisa se transforma em vento,
As ideias se abrigam,
E tudo vai escurecendo,
Escurecendo
Escurecendo,
Escorrendo.

E na primeira gota d'água
Me transbordo em lágrima
Às vezes é uma tempestade,
Às vezes um chuvisquinho,
A água restaura a minha sanidade
E angustia vai embora aos pouquinhos

Às vezes acho que vou chover
Olho pro céu ensolarado,
As pessoas caminhando
Cada uma pra um lado
E fico ali, parado
Esperando tudo ficar nublado.

Por Elita de Abreu, em 25/11/2013.

domingo, 24 de novembro de 2013

Frase da Noite XXXIX

"Ficar cutucando a ferida é coisa de sadomasoquista, colecionar cicatrizes é coisa de quem vive a vida!"

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Frase da Noite XXXVII

"... “that they are not ashamed to sin, and yet are ashamed to repent; not ashamed of the action for which they ought justly to be esteemed fools, but are ashamed of the returning, which only can make them be esteemed wise men.”

Trecho de: Defoe, Daniel. “Robinson Crusoe.” 

Frase da Noite XXXVI

"- Você toma alguma coisa pra ser feliz?
- Sim, decisões."

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Viva a Cissa!!!




Pra filhinha querida de uma grande amiga.



A Cissa tá doentinha,
Ficou até de cama
Tadinha!
Não podia comer nada
Que dava dor de barriga.
Nem sorvete com o papai
Na esquina.
Quando não saia por baixo
Saia por cima
Mamãe ficou preocupadíssima
Eta virose repentina!

Mas agora a Cissa está melhor
A febre já se foi,
E o cansaço
E o suor.
Ela já deu até uma risadinha
Pra alegria do papai,
Da mamãe
E da titia
Já pode tomar sorvete
E fazer estripulia
Viva a Cissa!!!

Por Elita de Abreu, 07/11/2013.

sábado, 2 de novembro de 2013

Wallflower

Três anos lado a lado
E ninguém o via
Zumbano,
O mau funcionário,
O cara da coxia.
Sempre ali atrás das cortinas
Abrindo e fechando
Para próxima bailarina
Ele se emocionava a cada espetáculo
Não se sentia menor por estar na faxina
De vez em quando fazia uma gracinha
Mas era logo cortado
E voltava a rotina
Um dia apareceu uma nova estrelinha
Zumbano quis se aproximar daquela luzinha
Mas ela pediu licença,
Fechou a porta do camarim,
E continuou a rir com suas amigas.
Zumbano ficara calado,
Um tanto quanto chateado
E continuou o seu trabalho.
Era isso o que ele fazia.
Três anos lado a lado
E ninguém o via.
O que ele queria,
Queria dançar sapateado,
Mas aquele era um lugar para bailarina
Balé clássico,
Tutu e purpurina.
Zumbano abria e fechava a cortina
Passado três meses,
Ninguém mais o via,
Perceberam que havia outro atrás da coxia
Cadê as flores no meu camarim
Era Zumbano quem provinha
E o glitter azul
E a púrpura purpurina
Era Zumbano quem tinha
E onde esse maldito está?
Gritava a estrelinha
Mas ninguém respondia,
Ninguém sabia.
Três anos lado a lado
E ninguém o via
Três meses afastado
Aonde estaria?
Começou a procurá-lo
A nova estrelinha
Deve estar em outro teatro,
Atrás de outra coxia
Ela imaginava
Zumbano mimando outra bailarina
Levando-lhe flores mais bonitas
Sapateando todo desengonçado
Enquanto esta ria
E então percebeu a falta que este lhe fazia
Percorreu todos os teatros da cercania
Casas de shows e oficinas
Perguntara às outras bailarinas
Mandara cartas a sua família
Pôs anúncio de procura-se a cada esquina
Mas Zumbano por nada aparecia
Que afronta!
Condenava a estrelinha
Três anos lado a lado
E ninguém o via
Três meses se passaram
Até que ela descobrira
Não mais flor,
Nem purpurina,
Nem mimos
Nem gracinha
Zumbano, há três meses atrás morria
E agora o que ela faria?
Não tinha mais tempo,
Não tinha mais vida,
Não tinha mais como demonstrar a Zumbano
O quão bem ela o queria
Três anos lado a lado
E ninguém o via
Três meses afastado
E agora, o que ela faria?
Será que se estivesse vivo
Seu carinho ele aceitaria
Se perguntava a pequena bailarina?

Por Elita de Abreu, 02/11/2013.

Predadores

Partindo mais uma vez
Fungindo?
Muito provavelmente
Não me encaixo
Não me enquadro
Não, eu encaro!

Como um animal
Encurralado,
Me tiram o couro,
O caldo,
Me deixam marcado,
Mas eu me refaço.

Eu corro, corro
E tomo o rumo errado
Acho que vou ficar livre
Mas volto a ser caçado
O que eles querem afinal?
Não tinha chegado o final?

Predadores
Não cansam de me caçar
Eu não tenho mais nada a entregar
Mas eles voltam a me desafiar
A me sondar, me ironizar
Não consigo escapar

Porque mesmo tendo um castelo
Eles querem a minha caverna
Mesmo tendo um lindo jardim
Cobiçam a minha grama
Mesmo merecedores da coroa
Querem a minha cabeça

É um labirinto,
De um lado o inimigo
Do outro um abismo
Olho pra trás,
Olho pra baixo
Nada a perder, vou pular.

É melhor que fiquem longe de mim
Não sou domesticável
Pacato, quando cutucado
Arranho, mordo,
Faço estrago.
Melhor estar preparado

Leão solitário
Não preciso de ninguém ao meu lado
Faço o meu destino
Trilho o meu caminho
Duro, árduo,
Meu fado.

Fera ferida,
Prefiro ficar recolhida.
Mas não se esqueça, querida
Não tente bancar de amiga
Esta é a minha vida
E de mim ninguém tira!

Frase da Noite XXXV

" E daí eu publico uma frase forte. Me perguntam:  pq vc fez isso, não acha q está se expondo demais?
Eu paro, penso e respondo: eu tb público as minhas poesias, isso não é uma exposição bem maior?
Nos entreolhamos e rimos..."

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Frase da Noite XXXIV

"Eu to quieta aqui no meu canto, nego vem me incomodar.
Aí eu falo o que penso e nego acha ruim de escutar.
Ah, vai se ferrar!
Feliz dia das Bruxas =) "

Plic Ploc

Noite de chuva
Alaga a rua
Nuvem sobre a Lua
Faz frio...
Cadê minha luva?

A chuva não pára
A água se espalha
Pingos e gotas d'água
Água,
Gota,
Pingo.

O pingo molhado
No assoalho
Ploc ploc
Vem lá do telhado
Um pano amarrotado
Um balde encaixado
Plic plic
Foi o resultado
O piso riscado
De tanto bailado
Não será mais encharcado.

Gota a gota
O balde enche até a boca
Uma película fosca
Sobre a madeira oca
Agora espelho d'alma
Derramou-se toda água
Olho meu reflexo com calma
Minha imagem em uma tábua
Sinto falta daquela outra
A da mente mais solta
Será que estou louca
Onde está a minha touca?

Diminui o ritmo do gotejo
Da goteira, só as marcas
Não tem mais gota
Nem pingo
Nada.

Orquestra d'água silenciada
Agora é a vez da bichara
Um rebuliço geral da passarada
A se divertir tomando banho na enxurrada
O Sol voltou para aquecer
A vida continua como tem que ser
Viver
Morrer
Esquecer.

Por Elita de Abreu, em 01/11/2013.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Frase da Noite XXXIII

"- Why do Nice people choose wrong people to date with?
- We accept the love  we think we desserve!"

Do filme The perks of being a wallflower.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Por que Amor?

Por que me completa?
Não, não posso acreditar que falte algo em mim, 
muito menos que seja isso que me faça amar.
Definição muito comercial para algo tão espiritual.

Por que conhece os meus mais sórdidos defeitos,
meus vícios, meu demônios,
Ainda assim está ao meu lado?
Condição necessária,
mas não suficiente.

Porque és como um espelho mágico,
não desses que reflete aquilo que se quer ver,
ou o que está acostumado a ver,
muito menos o meu oposto.
E sim, porque quando olho pra você,
vejo o melhor de mim dentro dos seus olhos.

Por Elita de Abreu, 22/10/2013.

sábado, 12 de outubro de 2013

Frase da Noite XXXII

"Não se pode esperar que um homem que precisa lutar para sobreviver faça ciência, a não ser que encontre nesta um ponto de fuga para a sua dura realidade".

Por Elita de Abreu, em 11/10/2013.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Educação não é só uma questão de política...

...tão pouco de dinheiro. O maior problema da educação, não só no Brasil, mas agora, na América percebo isso nitidamente, é que ela é feita de pessoas.
Minha experiência aqui tem me dado ótimos e péssimos exemplos sobre o que pode vir a ser "educação".
Como monitora de 3 matérias, numa língua que não é a minha língua natal, e com alunos que vem de toda parte do mundo, devo dizer que, em todos os sentidos, eu aprendo muito mais ensinando do que sentada assistindo aula. Aprendo a me comunicar, a transmitir idéias  complexas de forma simples, e principalmente, que professor não tem poder de ensinar, e sim de facilitar o caminho. Aprender depende de cada um, e há sim professores que podem ser desastrosos para o ensino, completamente desestimulante e pior traumatizante.
Para exemplificar, listo alguns fatos ocorridos nos últimos dois dias:

- Revolta: durante uma prova pego 5 alunos colando. Dou um primeiro aviso para ver se eles se tocam, mas eles seguem até o fim colando. Deixei, para não criar uma tensão na classe, mas à medida que entregavam a prova eu fazia uma marquinha nesta para identificar os trapaceiros e posteriormente, após falar com meu orientador, decidir o que seria feito.
Aos 5 minutos do fim da prova, somente 3 alunos na sala, um deles me entrega a prova com expressão de choro. Pergunto se está tudo bem e ele me diz que foi muito mal. Cara fiquei revoltada em ver aquele aluno sofrendo por ter ido mal, mas tentando dar o seu melhor, sem trapaça, enquanto os outros 5 riam do resto se gabando por estar colando. E sim, os 5 tiraram nota bem melhor que este. ( eu podia ir mais a fundo nisso tamanha é a minha revolta com isso, mas vou para por aqui, pq há ainda muito a escrever sobre os ocorridos dos dois últimos dias).

- Atitude Nobre: falo com meu orientador e ele acha que o melhor a ser feito é esperar a próxima prova para ver se os cinco vão tentar colar de novo ou se vão se tocar e fazer por merecer. Nenhuma punição? Não a priori, mas ele está indo mais fundo do que imaginei. Na verdade ele simplesmente sabe que esses caras não vão muito longe desse jeito, então ele está dando corda pra eles mesmo se enforcarem. A única forma de eles escaparem é estudando de verdade e fazendo as coisas por si mesmo. Ele deixou nas mãos deles mesmos o próprio destino.

- Humildade: esse mesmo orientador, na aula posterior, durante a apresentação de uma aluna, percebe através de algumas perguntas chaves, que ela não sabe exatamente do que está falando, e sim reproduzindo a leitura que fez, sem ter entendido bem. Ao invés de ele dar uma nota baixa a ela, ou simplesmente constrange-la, ele se levanta e explica pra sala toda, mas focado nela, o que estava por detrás daquelas equações. Ele entende que se o aluno não está entendendo algo, ou não sabe de algo que supostamente deveria saber, é papel dele ajudar nessa caminhada e respeitar as dificuldades de cada um.

- Malandragem: no fim da aula de hoje, um colega me chama para uma festa italiana que vai rolar no fim de semana. Digo que não sei se vou pois terei duas provas na semana seguinte e preciso estudar. Então ouço dele: pega a prova do ano passado e decora, essa matéria é moleza! Eu tirei A em tudo. Respondi: Na boa, eu larguei meu emprego pra estar aqui estudando, se fosse pra colar acho que não valeria a pena. Eu vim com um propósito, aprender, se vou ou não é outra história, mas vou pelo menos tentar. E cara, pra mim ele é tão trapaceiro ou mais que os outros cinco que peguei colando durante a prova pq ele colou antes mesmo da prova! Minutos depois ele me faz uma pergunta sobre esta matéria, que ele já fez e se gabou de tirar A, que não dava pra acreditar que ele não sabia. Na boa, perdi a paciência e dei logo um fora: é por isso que eu não decoro e sim aprendo!

- Decepção:  num seminário de grupo, aquele mesmo professor do discurso bonito no início da aula (motivo de um post), simplesmente humilha os seus alunos  e convidados também, na frente de todo mundo. Faz piadas grosseiras e ironiza o fato de alguns alunos não entenderem alguns conceitos. Além disso, se mostra um cara interesseiro ao máximo, quando outros alunos, ligados a indústria, cometem o mesmo deslize e ele simplesmente deixa passar. Totalmente constrangedor e desestimulante. Na saída, pelo menos 3 alunos, além de mim, disseram que não voltariam na próxima reunião.

Pra vcs verem como há alunos e alunos, e há professores e professores e não é uma questão de País. Pessoas! Fazer o que?!

Agora, prometo uma poesia pra quem adivinhar a nacionalidade de cada uma das pessoas. Dica: tem chinês, russo, brasileiro, americano e árabe.

Por Elita de Abreu, em 10/10/2013.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Discurso do escritor Luiz Ruffato na abertura da Feira do Livro de Frankfurt

"O que significa ser escritor num país situado na periferia do mundo, um lugar onde o termo capitalismo selvagem definitivamente não é uma metáfora? Para mim, escrever é compromisso. Não há como renunciar ao fato de habitar os limiares do século 21, de escrever em português, de viver em um território chamado Brasil. Fala-se em globalização, mas as fronteiras caíram para as mercadorias, não para o trânsito das pessoas. Proclamar nossa singularidade é uma forma de resistir à tentativa autoritária de aplainar as diferenças.

O maior dilema do ser humano em todos os tempos tem sido exatamente esse, o de lidar com a dicotomia eu-outro. Porque, embora a afirmação de nossa subjetividade se verifique através do reconhecimento do outro --é a alteridade que nos confere o sentido de existir--, o outro é também aquele que pode nos aniquilar... E se a Humanidade se edifica neste movimento pendular entre agregação e dispersão, a história do Brasil vem sendo alicerçada quase que exclusivamente na negação explícita do outro, por meio da violência e da indiferença.

Nascemos sob a égide do genocídio. Dos quatro milhões de índios que existiam em 1500, restam hoje cerca de 900 mil, parte deles vivendo em condições miseráveis em assentamentos de beira de estrada ou até mesmo em favelas nas grandes cidades. Avoca-se sempre, como signo da tolerância nacional, a chamada democracia racial brasileira, mito corrente de que não teria havido dizimação, mas assimilação dos autóctones. Esse eufemismo, no entanto, serve apenas para acobertar um fato indiscutível: se nossa população é mestiça, deve-se ao cruzamento de homens europeus com mulheres indígenas ou africanas - ou seja, a assimilação se deu através do estupro das nativas e negras pelos colonizadores brancos.

Até meados do século 19, cinco milhões de africanos negros foram aprisionados e levados à força para o Brasil. Quando, em 1888, foi abolida a escravatura, não houve qualquer esforço no sentido de possibilitar condições dignas aos ex-cativos. Assim, até hoje, 125 anos depois, a grande maioria dos afrodescendentes continua confinada à base da pirâmide social: raramente são vistos entre médicos, dentistas, advogados, engenheiros, executivos, jornalistas, artistas plásticos, cineastas, escritores.

Invisível, acuada por baixos salários e destituída das prerrogativas primárias da cidadania --moradia, transporte, lazer, educação e saúde de qualidade--, a maior parte dos brasileiros sempre foi peça descartável na engrenagem que movimenta a economia: 75% de toda a riqueza encontra-se nas mãos de 10% da população branca e apenas 46 mil pessoas possuem metade das terras do país. Historicamente habituados a termos apenas deveres, nunca direitos, sucumbimos numa estranha sensação de não pertencimento: no Brasil, o que é de todos não é de ninguém...

Convivendo com uma terrível sensação de impunidade, já que a cadeia só funciona para quem não tem dinheiro para pagar bons advogados, a intolerância emerge. Aquele que, no desamparo de uma vida à margem, não tem o estatuto de ser humano reconhecido pela sociedade, reage com relação ao outro recusando-lhe também esse estatuto. Como não enxergamos o outro, o outro não nos vê. E assim acumulamos nossos ódios --o semelhante torna-se o inimigo.

A taxa de homicídios no Brasil chega a 20 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, o que equivale a 37 mil pessoas mortas por ano, número três vezes maior que a média mundial. E quem mais está exposto à violência não são os ricos que se enclausuram atrás dos muros altos de condomínios fechados, protegidos por cercas elétricas, segurança privada e vigilância eletrônica, mas os pobres confinados em favelas e bairros de periferia, à mercê de narcotraficantes e policiais corruptos.

Machistas, ocupamos o vergonhoso sétimo lugar entre os países com maior número de vítimas de violência doméstica, com um saldo, na última década, de 45 mil mulheres assassinadas. Covardes, em 2012 acumulamos mais de 120 mil denúncias de maus-tratos contra crianças e adolescentes. E é sabido que, tanto em relação às mulheres quanto às crianças e adolescentes, esses números são sempre subestimados.

Hipócritas, os casos de intolerância em relação à orientação sexual revelam, exemplarmente, a nossa natureza. O local onde se realiza a mais importante parada gay do mundo, que chega a reunir mais de três milhões de participantes, a Avenida Paulista, em São Paulo, é o mesmo que concentra o maior número de ataques homofóbicos da cidade.

E aqui tocamos num ponto nevrálgico: não é coincidência que a população carcerária brasileira, cerca de 550 mil pessoas, seja formada primordialmente por jovens entre 18 e 34 anos, pobres, negros e com baixa instrução.

O sistema de ensino vem sendo ao longo da história um dos mecanismos mais eficazes de manutenção do abismo entre ricos e pobres. Ocupamos os últimos lugares no ranking que avalia o desempenho escolar no mundo: cerca de 9% da população permanece analfabeta e 20% são classificados como analfabetos funcionais --ou seja, um em cada três brasileiros adultos não tem capacidade de ler e interpretar os textos mais simples.

A perpetuação da ignorância como instrumento de dominação, marca registrada da elite que permaneceu no poder até muito recentemente, pode ser mensurada. O mercado editorial brasileiro movimenta anualmente em torno de 2,2 bilhões de dólares, sendo que 35% deste total representam compras pelo governo federal, destinadas a alimentar bibliotecas públicas e escolares. No entanto, continuamos lendo pouco, em média menos de quatro títulos por ano, e no país inteiro há somente uma livraria para cada 63 mil habitantes, ainda assim concentradas nas capitais e grandes cidades do interior.

Mas, temos avançado.

A maior vitória da minha geração foi o restabelecimento da democracia - são 28 anos ininterruptos, pouco, é verdade, mas trata-se do período mais extenso de vigência do estado de direito em toda a história do Brasil. Com a estabilidade política e econômica, vimos acumulando conquistas sociais desde o fim da ditadura militar, sendo a mais significativa, sem dúvida alguma, a expressiva diminuição da miséria: um número impressionante de 42 milhões de pessoas ascenderam socialmente na última década. Inegável, ainda, a importância da implementação de mecanismos de transferência de renda, como as bolsas-família, ou de inclusão, como as cotas raciais para ingresso nas universidades públicas.

Infelizmente, no entanto, apesar de todos os esforços, é imenso o peso do nosso legado de 500 anos de desmandos. Continuamos a ser um país onde moradia, educação, saúde, cultura e lazer não são direitos de todos, mas privilégios de alguns. Em que a faculdade de ir e vir, a qualquer tempo e a qualquer hora, não pode ser exercida, porque faltam condições de segurança pública. Em que mesmo a necessidade de trabalhar, em troca de um salário mínimo equivalente a cerca de 300 dólares mensais, esbarra em dificuldades elementares como a falta de transporte adequado. Em que o respeito ao meio-ambiente inexiste. Em que nos acostumamos todos a burlar as leis.

Nós somos um país paradoxal.

Ora o Brasil surge como uma região exótica, de praias paradisíacas, florestas edênicas, carnaval, capoeira e futebol; ora como um lugar execrável, de violência urbana, exploração da prostituição infantil, desrespeito aos direitos humanos e desdém pela natureza. Ora festejado como um dos países mais bem preparados para ocupar o lugar de protagonista no mundo --amplos recursos naturais, agricultura, pecuária e indústria diversificadas, enorme potencial de crescimento de produção e consumo; ora destinado a um eterno papel acessório, de fornecedor de matéria-prima e produtos fabricados com mão de obra barata, por falta de competência para gerir a própria riqueza.

Agora, somos a sétima economia do planeta. E permanecemos em terceiro lugar entre os mais desiguais entre todos...

Volto, então, à pergunta inicial: o que significa habitar essa região situada na periferia do mundo, escrever em português para leitores quase inexistentes, lutar, enfim, todos os dias, para construir, em meio a adversidades, um sentido para a vida?

Eu acredito, talvez até ingenuamente, no papel transformador da literatura. Filho de uma lavadeira analfabeta e um pipoqueiro semianalfabeto, eu mesmo pipoqueiro, caixeiro de botequim, balconista de armarinho, operário têxtil, torneiro-mecânico, gerente de lanchonete, tive meu destino modificado pelo contato, embora fortuito, com os livros. E se a leitura de um livro pode alterar o rumo da vida de uma pessoa, e sendo a sociedade feita de pessoas, então a literatura pode mudar a sociedade. Em nossos tempos, de exacerbado apego ao narcisismo e extremado culto ao individualismo, aquele que nos é estranho, e que por isso deveria nos despertar o fascínio pelo reconhecimento mútuo, mais que nunca tem sido visto como o que nos ameaça. Voltamos as costas ao outro --seja ele o imigrante, o pobre, o negro, o indígena, a mulher, o homossexual-- como tentativa de nos preservar, esquecendo que assim implodimos a nossa própria condição de existir. Sucumbimos à solidão e ao egoísmo e nos negamos a nós mesmos. Para me contrapor a isso escrevo: quero afetar o leitor, modificá-lo, para transformar o mundo. Trata-se de uma utopia, eu sei, mas me alimento de utopias. Porque penso que o destino último de todo ser humano deveria ser unicamente esse, o de alcançar a felicidade na Terra. Aqui e agora."

(Fonte: Folha de São Paulo, 08/10/2013 - http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013 )

Simplesmente, não dava para não dividir!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Frase da Noite XXXI

"Não acredite em nada somente porque esta escrito em seus livros. Mas após observação e análise, quando você achar que qualquer coisa concorda com a razão e é propício para o bem e benefício de um e todos, então aceite-o e viva de acordo com ela "
Buda.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Vale a pena ver...

De cair lágrimas. Sensível e ácido ao mesmo tempo. Para os descrentes e crentes da psicologia.
Tudo é uma questão de modelo, das experiências que cada um teve. Não há verdade, tudo é uma questão de sobrevivência.
Mas ainda há esperança, há como melhorar.
Esse experimento deveria ser realizado em todas as escolas.


Razões para Acreditar (clique no link para assistir).




quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Frase da Noite XXX

Parafraseando Jean Cocteau : "Even knowing it was impossible, I did it".

Bonança

Bons ventos
Boas novas me trazes
Em meio à brisa matutina
A calmaria da boa vida
Uma rajada feliz
Vem assobiando 
De encontro ao meu nariz
E não veio sozinha não
Trouxe muitas folhas raras,
Há muito desejadas,
Todas de uma vez
A cair em minhas mãos.
Cada uma com sua dança
Bailavam ao vento
E compunham a melodia que diz:
Tempestades vem e vão,
A tormenta não é um cão,
Pra quem sabe direcionar as velas,
Cada sopro é esperança
E um avanço na imensidão
Quem se aventura no mar
E se lança com convicção
Sabe que muito terá que remar
E que dias (ainda) melhores virão.

Por Elita de Abreu, 18 de setembro de 2013.