Ao deserto enfim cheguei,
Com lagrimas nos olhos
Em ver a imensidão
De cores e formas
Que estava por conhecer.
Na beleza do vazio,
A música do vento pude ouvir.
Dancei à luz do sol,
Até ver de suas cores
Estrelas a surgir.
Da secura da terra,
Dos temperos das lagoas,
O frio, o calor, não o morno.
Sensações extremas
Foi o que senti.
Fui só.
Fui grande.
Fui pequena.
Fui o bastante.
Sou errante.
Diante de tanta adversidade,
A diversidade,
Variantes sotaques,
Diferentes sonhos,
Terra: a Universidade.
Imagens marcantes,
Natureza desconcertante,
Sol, Lua, Vênus.
O céu da noite
Não é o céu do dia.
O balé dos Flamingos,
Brancos, pretos, rojos.
As lagunas e os vulcões,
El Salar y sus ojos,
Aclimatando os corações.
Subindo cada vez mais,
Uma linda vista panorâmica.
Bate a Puna!
Coração saltitante,
Dor de cabeça latejante.
O deserto é para poucos.
O deserto é para loucos.
Muitos vem em busca de sí,
Muitos chegam e perdem a sí.
O deserto está por aí.
Tomei banho de Sal
Para afastar o mal olhado,
Tomei banho de Lua
Para ganhar o amor desejado,
Purifiquei-me nas termas: águas medicinais.
Busquei a cura para minha alma,
Tentei com o vento,
Suas arestas aparar.
Mas que tola fui,
A esqueci em outro lugar...
Foi o corpo quem provou do deserto.
(É ele quem diz o que é certo)
De que adianta o Projeto ALMA,
Se a Razão decide,
Que o Coração é incerto?
E assim vou- me indo,
Da mesma forma que cheguei:
Deslumbrada com o Criador,
Por ter visto que mesmo em tamanha aridez
Há de nascer uma bela flor!
Por Elita de Abreu.
Puxa, vc foi até o Atacama?
ResponderExcluirQue bacana!!
Tenho muita vontade de ir até lá! E também nos desertos de sal na Bolívia!
E sua poesia esteve à altura da beleza do lugar! :)
Espero que vc encontre a "cura" que vc procura.
Não sei comentar poesia mas vim dar um oi.
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