Meu corpo é selva
Meu choro é mar
Minha alma deserta
Não sabe o que é amar
Marcas sobre a casca
Os olhos a marejar
A alma se inquieta
Um destino a trilhar
Ceifa a seiva
Gota a gota, até transbordar
Cada grão de areia
Uma história a contar
São tantas marcas,
Tantas lágrimas
Tudo entre dunas,
A se misturar.
Ventos que derrubam,
Brisa que refresca,
Rajadas que moldam,
Furacões que desolam.
Meu corpo é cerrado
Meu choro é sertão
Minha alma um planalto
Todo amor em erosão.
Por Elita de Abreu.
Por Elita de Abreu.
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