segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Uma nova paixão...Moby Dick!

Há duas semanas comecei a ler Mob Dick, o clássico de Herman Melville e tenho passado os minutos mais gostosos da minha vida ao mergulhar neste romance. Já de início me deparei com o óbvio, que exposto de forma tão bela, parece um achado... Sendo assim decidi colocar aqui os trechos dos quais mais gostei e também coemtá-los, pois infelizmente, sei que poucos lerão ( e é infeliz tamber ler essas linhas e ver os mesmo problemas e aflições de mais de um século atrás vigorando ainda hoje).
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"...sempre que a minha hipocondria me domina a tal ponto que necessito apelar para um forte princípio de moral a fim de não sair deliberadamente à rua e atirar ao chão, sistematicamente, os chapéus das pessoas que passam... então, calculo que é tempo de fazer-me ao mar, e o mais depressa possível. O mar é o meu substituo para a pistola e a bala."
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Queria eu ter a coragem de Ismael para largar a hipocondria em que vivo e sair ao mar, mas no meu caso não seria a água o meu mar, e sim a terra, as tribos primitivas, longe dos seres humanos contaminados pela "sociedade", junto daqueles que ainda se respeitam, se vêem tal qual são, junto daqueles que sonham e acreditam que o sonho é possível...Queria poder ficar alí, só observando, curtindo essa infância, admirando essa ingenuidade, servindo-os da forma mais servil que um viciado pode servir à sua salvação...
Mas ainda sou covarde, de forma que não faz diferença nenhuma dizer tudo isso já que nada farei...Estou contaminada, contaminada pela sociedade e seu vínculos, pelos laços afetivos sem carinho algum, pior, estou contaminada pelo medo de perder algo que nem tenho, pelo medo de conquistar um sonho, pelo medo de sofrer...
Que paradoxo sou eu que sofro pelo medo de sofrer?

sábado, 14 de agosto de 2010

Livre Arbitrio

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Eu que não tenho destino
Não acredito no acaso
Na probabilidade do provável
Na esperança do inevitável

Essa vida que me foi dada
A qual penso estar controlada
A qualquer momento pode ser mudada
De uma hora pra outra me será tirada

Eu que não tenho dono
Também não tenho liberdade
Não sou independente
Não posso agir impunimente

A vida vai me guiando
Esperta, me faz acreditar estar no comando
Zomba de mim quando digo: Eu mando!
E com destreza continua me controlando

Eu que não tenho escolha
Devo tomar uma decisão
Ir ou ficar tanto faz
Desde que seja uma opção

E assim a vida se molda
Não, não somos o dono da solda
Olhe tudo a sua volta
É você o maestro desta polka?

Por Elita de Abreu em 14 de agosto de 2010.