terça-feira, 8 de maio de 2012

Fim de Jogo

Zero a zero no placar,
Começa a partida.
O juiz tirou na sorte quem ia dar o primeiro chute 
Fui a escolhida 
Ambos os lados na defensiva
Ninguém atacava
Ninguém se mexia
Um chute aqui
Outro acolá, 
Não saia do meio de campo,
Pra desanimo da torcida.
Muitos queriam um empate.
Desde o técnico até o bandeirinha,
Ninguém apostava numa final decisiva.
Até que pinta o primeiro cartão vermelho.
Opa, disse o juiz, isso é impedimento!
O time de cá parte pro ataque,
O de lá prefere a defensiva.
De quando em quando pega um rebote,
Parte pra cima,
Mas o adversário é durão,
E logo se desanima.
Um olé daqui,
Um drible acolá,
Até que sai o primeiro gol,
Pra delírio da torcida.
Hora de reagir, 
de dar o troco,
O time de lá se coloca no contra ataque
E no primeiro vacilo,
Quebra o salto do timeco de araque.
Mas não marca nenhum gol,
Apenas avisa: vai ter troco,
Bando de Maria Butina!
Segue o jogo.
Os times estão cansados.
E ao fim do segundo tempo,
Ambos já esgotados,
Pênalti! 
Apita o juiz com o rosto suado.
E ali, aos 45 minutos do segundo tempo,
Sai o gol de empate.
E chega ao fim a partida
Não foi um amistoso,
Tão pouco uma pelada.
Não havia raça,
Nem gana,
Nem taça.
Foi um duelo amador,
Sem vencedor,
Sem perdedor.
Ao final, todos foram pra casa e pronto,
Fim de jogo.

Por Elita de Abreu.

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