quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Quando a expectativa sai de cena, o destino chega para brincar com suas linhas tortas. Eles se encontraram quando nenhum dos dois já esperava mais nada. Era o final da festa, meio da pista de dança. Probabilidade mínima, diversão máxima.
Eles trocaram telefone e não beijos, como era o esperado dessa história. E sabe, ainda bem que isso aconteceu. A gente romantiza demais o encontro de dois desconhecidos dispostos a se conhecerem melhor. Se rolasse beijo, poderia rolar expectativa. Se rolasse sexo, poderia rolar promessas em vão. Ainda bem que rolou uma troca de telefone sutil. Um nome errado seguido do número certo. Ela trocou a ordem das coisas. Talvez fossem aquelas doses extras de uísque.
Foram embora para lados destintos, tomaram o café de manhã do domingo em suas padarias preferidas com amigos queridos. A vida seguiu o rumo que tinha que seguir. Um encontro sutil, numa festa de arromba. Naquele mesmo domingo, depois de algumas horas de descanso, uma mensagem desconhecida. Uma leve lembrança. Um sorriso. Mesmo quando a gente já não espera nada, a vida surpreende.
Talvez fosse aquela nova chance que ela havia pedido em suas orações. Talvez fosse só a vida brincando de deixar ela feliz em pleno domingo. Lição dada é lição aprendida: nunca duvide do destino. Ele não vem carregado de expectativa, mas traz dentro da mochila novidades para serem bem vividas.
E talvez seja dessa maneira sutil que a vida chega trazendo boas surpresas. A gente tem essa maneira besta de achar aquilo que estamos procurando, quando na verdade, tudo aquilo que chega sutilmente acaba sendo algo de muito mais valor. Tipo aquela sensação de achar uma nota de 2 reais no bolso da calça, boba, mas tão feliz.
Deixe a vida te levar, menina. Aprenda com as sutilezas.



Dona Oncinha Pintada
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