quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Sol do deserto.

No inicio era frio,
Distante, longínquo.
Aparecia timidamente,
Sem brilhar nem aquecer.
Mas eis que numa tormenta,
Um daqueles ventos fatídicos,
Deixou na porta errada
A carta do destino,
Mudando a sorte
Da poeta e do Menino.
Iniciou-se uma nova era
Explosões solares,
Lua de multifaces,
Trovas e rimas
E disfarces...
Como consequência inconsequente,
De dois corações
Que pensam e sentem,
O Sol aqueceu,
Aqueceu, desapareceu, aqueceu, desapareceu, aqueceu, aqueceu...
A ponto de deixar confusa
A Lua e a poeta,
A flor e suas pétalas...
Evaporando a alma,
Tirando-me a calma.
E agora, em meio a miragens 
O corpo vaga,
Em desassossego tormento,
Caminhando pelo deserto,
Sob um Sol masculino e incerto.

Por Elita de Abreu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Liberdade de Expressão, exerça a sua!