segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Rosa também tem Espinhos

Plantei uma rosa em meu jardim
Para dela me enamorar
É uma rosa rubra, bonita
Por vezes tímida,
Por vezes exibida,
Uma rosa que me cativa.

Era a rosa mais linda,
Aquela que alegrava os meus dias.
A rosa dos ventos,
A rosa da vida.
Mas a rosa em sí,
Sentia-se sozinha.

Cansada de ser admirada apenas por sua beleza,
A rosa se retraia.
Se encondia por entre as folhas,
Não falava mais com as amigas,
Ficava quietinha, encolhidinha.
A rosa rubra esmorecia.

Um dia, cansado de ver aquela agonia,
Tentei entender de fato o que a rosa queria.
Mas ela pouco dizia,
Foi comigo muito fria.
Vê se pode uma rosa tão pequenina
Fazendo tamanha birra!

Mas o homem, orgulhoso que é,
Não entende o coraçao da mulher.
Com a rosa me enraivecí
E com um punhal tentei tirá-la dalí.
Segurei o botão com uma das mãos,
E antes de dar o golpe senti um espetão.

Olhei o sangue escorrer em minhas mãos,
Rubro como a rosa,
Quente como o coração.
Não esperava da rosa essa reação.
E em sua defesa a rosa disse:
Também tenho um coração.

Àqueles que me querem
E não respeitam o meu instinto,
Àqueles que me usam
E não percebem que abusam,
Àqueles que me ferem,
A estes mostro os meus espinhos.

Por Elita de Abreu.

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