terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Impressionistas

De repente o céu era de Monet,
Calmo em tons pastéis,
Lindo e delicado.
Eu atravessava um campo florido,
Com girassóis de Van Gogh
Mais dourados que o sol.
E imaginava uma menininha
(Haveria de ser)
A mais bela bailarina.
Degas jamais imaginaria.
Sua chegada me impressionara
Ao toque de sutis pinceladas
Uma vida se desenhava
Já podia ouvir as cantigas de ninar
Ao som de Pífaro,
uma linda melodia
As duas, melhores amigas,
Em frente ao piano,
A partitura decifrando.
E de repente tudo era Guerra e Paz,
Era Guernica,
Eram caráters nus,
Não os de Modigliani,
Eram Cubistas,
Irreconhecíveis,
apenas a fim de te levar pra cama,
Nada mais.
Era a dor de Frida Kahlo,
Era a arte imantando a vida.
Um mundo surreal,
Uma existência irreal,
Uma perda desleal.
O que resta é uma tela em branco,
Manchada de vermelho,
Me encarando.

Por Elita de Abreu, em 09/12/2012.

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