domingo, 1 de fevereiro de 2015

Sobre a incoerência dos argumentos

Até onde eu saiba, de acordo com a nossa lei roubar é crime e ponto final.
Até onde eu saiba também, não há nenhum artigo, parágrafo ou emenda que diga que roubar é menos crime, ou deixa de sê-lo, por que outros roubavam/roubam/roubarão também.
Aliás, até onde eu sei, a reincidência em um mesmo crime, no caso estamos falando de roubo, torna-o mais grave.
Portanto, concluo assim que o argumento, quando da acusação de corrupção flagrada recentemente na Petrobras onde o PT, PMDB e PP estavam roubando 3% em projetos de licitação, de que na época do PSDB eram 9%, além de não passar de uma suspeita (sim, porque não foram apresentadas provas como o foram no caso agora do Petrolão) é infundada e sem prerrogativa legal nenhuma.
Na verdade, quando alguém vem com esse argumento o que eu entendo é: se o PSDB roubou, o que repito é só uma suspeita é carece de fatos, o PT assim também o pode fazê-lo, com um atenuante de que agora roubam 3% e não 9%, lembrando que o último é só uma suspeita. E mais, isso me faz interpretar que, de acordo com essa regra sem fundamento nenhum, qualquer um que venha subsequentemente poderá roubar, já que os anteriores assim o fizeram e que o crime de roubo (sim, porque embora os partidários neguem que seja um crime, perante a lei ainda o é) será atenuado caso roube-se menos percentualmente falando.
Ora pois, mas que argumento mais fraco esse!
Veja que não se trata de uma questão partidária e sim de lógica.
E desculpa, mas Robin Hood era ladrão sim!

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