quinta-feira, 26 de abril de 2012

A volta dos que não foram

De vez em quando eles reaparecem,
Geram uma expectativa tremenda,
E somem logo em seguida.
Como se não soubéssemos que era exatamente isso o que iriam fazer.
(Sabíamos?
Não! Nunca o sabemos, pois nos enchemos de esperança).
 Repetimos em voz alta:
- Que se danem! Nada é mais como antes. São apenas fantasmas.
Mas acreditamos, ainda que lá no fundindo.
E eles sempre vêem e vão.
Nunca pra ficar,
Sempre pra voltar.
Não vão nem ficam de vez,
E nem tem hora pra passar.
Passageiros com certeza não o são.
 Frutos de nossa cativação,
 De natureza rebelde,
 (eu diria própria)
À mercê da vida,
Numa busca de sem destino.
Seu destino é incerto,
Em desatino com o que nos é concreto:
A falta que nos faz quando tomamos consciência de sua ausência.
Nada mais.
A esperança se desfaz.
Todo aquele sentimento fica pra trás.
Já nem me lembro mais.
 (Mas ai... Que falta que me faz.)

 Por Elita de Abreu.

Um comentário:

  1. É, esses fantasmas são uma aporrinhação constante. Tudo muda mas a gente pensa que não.

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