terça-feira, 31 de maio de 2011

Desafio

Amar,
sábia decisão de um coração.
Impulso infeliz da razão.
Quanto de nós temos que abrir mão?
Quanto do outro deve ser posto a aceitação?
Tão simples quanto parece, não é não
As vezes é preciso esquecer de sí,
mas esquecer de sí é não mais o ser,
e se não o é, não pode amar.
Amar é mais que passar por cima dos defeitos,
é mais que esperar reciprocidade,
é mais, muito mais do que podemos dar.
Amar é ser frio diante do desamor,
é ser calculista na arte da sedução,
é vingar com o perdão,
é esquecer a compaixão,
é lutar em sua própria razão.
Se queres de fato amar,
mon ami,
abdique antes da paixão.

Por Elita de Abreu.

7 comentários:

  1. Mais um texto bonito!

    Mas eu discordo totalmente do final.

    Eu acredito que um dos segredos para um relacionamento duradouro é justamente saber manter acesa a paixão! Ela é uma das coisas que diferencia o amor de um casal do amor de amigo, amor de irmão...

    A paixão não é um concorrente do amor, tampouco um agente que o enfraqueça ou o atrapalhe!
    Ao contrário! Ela é um elemento que deve fazer parte dele.

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  2. acontece que eu acho a paixão impulsiva demais, exigente demais, sufocante demais, mas isso é só uma opinião...

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  3. Esses seus textos otimistas contrastam muito com os meus.
    Nem prefiro falar de amor e paixão, raramente isso teve algo de bom pra mim.

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  4. que é isso amigo? vc sempre foi mais otimista q eu! inclusive já me deu puxões de orelha quando eu esstive pessimista...
    Acho q isso é só uma fase, e como tudo na vida, é só deixar com o tempo q ele se encarrega de sanar...

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  5. Ah, mas o problema não é a paixão em si, mas o exagero! Tudo em excesso faz mal! Aí sim seria sufocante...
    Mas o contrário tb! A ausência da paixão é tão ruim quanto o seu excesso! Por isso não acho que se trate de abdicar dela! Mas sim conservá-la numa boa medida!

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  6. é ver dado, já diria minha avó: Nem tanto, nem tão pouco...
    Mas tb acredito q não haja receita para amar, como disse antes essa é só uma opinião, e ela pode mudar (ou não).

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  7. Com certeza...
    Não há receitas, ou então, há várias receitas!

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