segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Acho que vou chover

Às vezes acho que vou chover
Sinto o tempo abafado
Aquele calor,
O corpo suado,
Cansado,
Tensionado.

Olho pra vida,
E vejo o céu limpo,
Pensamentos livres,
Voando,
Ora só,
Ora em bando.

Mas aquele sentimento de chuva
Permanece na garganta
Não como um nó,
Mas como um desejo
De limpar
Todo aquele pó.

E o tempo vai passando,
Passando,
E as nuvens se aproximando.
De repente fica nublado,
Com direito a trovão
E raio.

A brisa se transforma em vento,
As ideias se abrigam,
E tudo vai escurecendo,
Escurecendo
Escurecendo,
Escorrendo.

E na primeira gota d'água
Me transbordo em lágrima
Às vezes é uma tempestade,
Às vezes um chuvisquinho,
A água restaura a minha sanidade
E angustia vai embora aos pouquinhos

Às vezes acho que vou chover
Olho pro céu ensolarado,
As pessoas caminhando
Cada uma pra um lado
E fico ali, parado
Esperando tudo ficar nublado.

Por Elita de Abreu, em 25/11/2013.

3 comentários:

  1. Bem bonito, pra variar.
    Mas ó, é mentira: "A água restaura a minha sanidade".
    Tu não tem cura.

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    Respostas
    1. Hahaha... verdade, terei de concordar contigo, não tenho cura, mas momentaneamente a água cura.
      Vai ver que preciso chover mais rs...
      Saudades de ti.

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